Essa Pequena é uma Parada traz de volta aquele clima das comédias malucas, típicas dos anos trinta e que traziam situações embaraçosas, batalhas de sexo e muita, muita correria.
O roteiro, escrito por Buck Henry, David Newman e Robert Benton, a partir de uma história do próprio diretor, é uma comédia maluca, ou screwball comedy, como chamam os americanos. Tudo começa quando dois pesquisadores, Howard (Ryan O’Neal) e Eunice (Madeline Kahn), chegam em São Francisco para participarem de um congresso. Eles terminam se envolvendo com Judy (Barbra Streisand) e, daí em diante, é confusão atrás de confusão. Além disto há um caso de uma bagagem trocada, que provoca mais confusão com o sumiço de documentos secretos e jóias.
As confusões do barulho aqui estão todas centradas em uma mala, ou melhor, em 4 valises exatamente iguais. Uma delas contém roupas e objetos pessoais, a outra pedras de valor arqueológico, uma terceira está lotada de joias e a última guarda documentos secretos do governo. Em uma daquelas coincidências maravilhosas que só a ficção nos oferece, as 4 malas e seus donos (e também os interessados em furtá-las) vão parar todos em um mesmo hotel que está recebendo uma Convenção de Músicos. Howard Bennister (Ryan O’Neal), o dono da mala cheia de roupas, é um dos concorrentes na convenção ao prêmio de 20 mil dólares. Tímido e um tanto quanto paranóico, o músico vê suas chances ao prêmio diminuirem e aumentarem ao mesmo tempo devido a intervenção de Judy Maxwell (Barbra Streisand), uma pequena diabinha loira de olhos azuis que surge do nada e passa a atormentá-lo. Enquanto Howard tenta livrar-se de Judy, os outros personagens envolvem-se em todo o tipo de mal entendidos, constrangimentos e confusões possíveis na tentativa de roubarem as malas uns dos outros.
A química que se estabelece em Streisand e O’Neal não poderia ser melhor. Além disso, Bogdanovich imprime um ritmo tão alucinante que, em alguns momentos, não conseguimos respirar direito por conta das contínuas gargalhadas. Em tempo: o título original do filme é uma referência à famosa frase do Pernalonga, que no Brasil recebeu a tradução de “o que é que há, velhinho?”.
Bom, o fusca que aparece em uma incrível e hilária perseguição (vídeo abaixo) é um Fusca Sedan 1968 Azul Real modelo alemão e fabricado nos EUA.
O fusca é roubado da calçada na frente da Igreja de São Pedro e São Paulo no Washington Square Park em São Francisco, e o Beetle se esconde em um transportador de carro em uma área da cidade onde muitas concessionárias de automóveis já estavam localizadas.
A Volksvagem utilizou durante muitos anos a imagem desse filme para fazer propaganda, onde defendeu a habilidade notável (e real) do Beetle de flutuar na água. Durante a realização desta cena, o ator Sorrell Booke quase se afogou na Baía.
Impressionante como o nosso besouro rouba a cena! VEJA:
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